domingo, 27 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Concurso Hípico em Avelar











 
A tarde de domingo, dia 20 de Junho, marcou o regresso do hipismo a Avelar. Jorge Moreira, filho do Presidente da Junta, abriu a todos o seu picadeiro na zona da Várzea, onde, em conjunto com o Engenheiro Rui Rosa e a Junta de Freguesia de Avelar organizaram um Festival Hípico muito participado e a contar para o Campeonato Regional da Zona Centro. A empresa S. N. S. V. patrocinou o evento. Salienta-se a participação de alguns jovens avelarenses como próprio Jorge Moreira, Vítor Gonçalves e Maria Filipa Serra, bem como do vetenano Eng. Rui Rosa

terça-feira, 22 de junho de 2010

O artigo sob o título: "A insuficiência da escola primária" - Sr Dr Manuel Medeiros

O artigo sob o título: "A insuficiência da escola primária", é do seguinte teor:


As escolas de instrução primária não se encontram bem distribuídas, como infelizmente notamos a cada passo. A grande massa de analfabetos existente no país é devida, em parte, não só à falta de escolas, mas também à sua irregular distribuição. Tomemos por exemplo, o que sucede nas freguesias aqui vizinhas da Cumieira e de Chão de Couce. Não falo do Avelar, apesar das escolas se encontrarem todas localisadas na séde da freguesia, porque as crianças, mesmo as mais afastadas, não distam delas mais de quilómetro e meio. Já o mesmo não acontece nas duas freguesias de que acima falei. Na Cumieira nota-se a falta de escolas. Apenas se encontra uma para toda a freguesia. Ora há lá povoações, situadas a quilómetros umas das outras que, pelo n.º de habitantes, tinham direito a possuir uma escola, e que apenas são servidas pela única que funciona na freguesia.

Como pode essa escola cumprir o seu dever, desde que a maior parte da mocidade escolar daquelas regiões não a pode frequentar e, ainda, em virtude do n.º daqueles que a frequentam ser tão elevado, que o professor, seja ele qual fôr, não pode dar conta do seu recado convenientemente?

Chão de Couce, freguesia muito populosa e bastante extensa, tem cinco escolas, mas todas juntas, prejudicando, assim, os povos que vivem nos pontos mais distantes delas.

Essas escolas, embora relativamente ao n.º de habitantes não sejam suficientes, podiam, se estivessem bem distribuídas, prestar um auxílio muito maior. As pessoas mais distantes veemse na impossibilidade, embora isso pese bastante à maior parte delas, de não mandarem os seus filhos à escola. Poderá, por exemplo uma criança de sete a oito anos, habitando a alguns quilómetros da escola, com péssimos caminhos, frequentá-las, principalmente no inverno? É evidente que não. E, no caso de mesmo com estas dificuldades todas, a frequentar, estas longas caminhadas, principalmente, na época das chuvas não prejudicarão a sua saúde?

E não é verdade que hoje, mais do que nunca, talvez, se procura, concomitantemente, o desenvolvimento físico e intelectual, isto é: mens sana corpore sano, como ouvimos, constantemente? Este célebre aforismo espartano explica-nos claramente o fim que tem em vista toda a pedagogia moderna. Continuando a distribuição das escolas conforme está, uma grande parte dos alunos não pode utilizar-se delas, porque, para isso, precisava mudar de residência para a sua proximidade, o que acarretaria, para a sua família, despesas, com que ela não podia. Nestas condições, essas crianças não podem frequentar as escolas e, portanto, qual o resultado? Ficarem quási todas analfabetas. Ora, é manifesto, que o saber lêr é hoje uma das coisas mais necessárias a todas as pessoas. Se as escolas que funcionam na vila de Chão de Couce, para servirem toda a freguesia, em vez de continuarem conforme estão, fôssem bem distribuídas por toda ela, prestariam muito melhores serviços. A freguesia da Cumieira, também, precisa de mais escolas: pelo menos de mais duas.

Em qualquer das freguesias de que temos falado, só com modificações que apontei, o mal não ficaria completamente remediado, mas seria bastante atenuado.

Avelar, 26 de Agosto de 1929 / Manuel Fernandes Medeiros.

Homenagem ao Sr Dr Manuel Medeiros

                                                                                                        Por iniciativa da Junta de Freguesia de Avelar foi promovido um jantar,  no dia 19 de Junho, para comemorar a data de re-elevação a vila, de Avelar, e para homenagear um Avelarense ilustre.
O Sr Dr Manuel Augusto Medeiros era natural da vila do Avelar, onde nasceu em 1908. Daqui só saiu praticamente para realizar os seus estudos em Coimbra. Depois da sua licenciatura em Medicina (1936) voltou à sua terra natal, onde viveu toda uma vida de dedicação às suas gentes e instituições. Esteve sempre ligado ao Hospital Nossa Senhora da Guia.
Ele foi médico, exercendo quase todas as especialidades, jornalista e co fundador com o seu irmão do jornal Novo Horizonte, professor, autarca, empresário, agricultor e acima de tudo um humanista.
Este homem, desde muito jovem, mostrou uma enorme preocupação com as pessoas e com o acesso de todos à educação. O que é notável. Há registos de um artigo seu no jornal “Novo Horizonte”, de 26 de Agosto de 1929, sobre a “insuficiência da escola primária”, em que mostra preocupação com o facto das escolas das freguesias de Chão de Couce e da Cumeeira se situarem todas na sede de freguesia e de as crianças viverem afastados vários km dessas mesmas escolas. O que não acontecia no Avelar. Por outro lado, também se referia ao nº elevado de alunos por turma, tornando muito mais difícil a tarefa do professor. E quão vanguardista era já esta preocupação!
Foi ainda um dos fundadores do Externato Infante de Sagres do qual foi o seu primeiro Director. Uma obra tão importante para os jovens de Avelar e das localidades vizinhas e mesmo de outras mais distantes. Eu fui uma das pessoas que beneficiei com essa tão grande obra.
Enfim, um homem muito completo.
O Jornal Horizonte, no dia 1 de Novembro de 1999, a propósito da sua morte, expressa bem o sentir de todos nós, ainda hoje:
“Acabou a sua vida na Terra, mas fica a sua obra, que os Avelarenses não vão esquecer. Como médico e como amigo deixa saudades espalhadas pelos quatro cantos da freguesia e terras vizinhas, onde levou com sacrifício do seu descanso, o saber, a palavra amiga, o sorriso doce quando alguém o procurava em busca dos seus cuidados. Era um homem simples e bom que a todos atendia com a mesma afabilidade. Acorria ao chamamento de pobres e ricos sem distinção. Muitos e longos caminhos calcorreados em noites de frio e chuva para ir a casa de doentes que o solicitavam. Nunca se fez rogado. (...)."
Era o nosso “João Semana”, que ajudou a nascer e acompanhou nos últimos momentos de vida inúmeros conterrâneos.
E ficou a SAUDADE e a OBRA, desse grande Amigo de todos. A saudade do seu sorriso, da palavra amiga, sempre tão atento ao que se passava ao seu redor, com todas as pessoas. A sua Obra está gravada em cada um de nós ….
Cabe-nos agora preservar esta MEMÓRIA… e deixar este legado às gerações mais novas.
Isabel M. Ferreira Serra Rosa - Presidente da Assembleia de Freguesia, no momento da Homenagem.

sábado, 5 de junho de 2010

Vamos limpar Ansião


O trabalho não foi nada fácil, mas o tempo ajudou.
Infelizmente verifica-se que existem muitas lixeiras nas nossas matas. Fez-se o que foi possível!Mas agora há que fazer também um trabalho de sensibilização da população para não fazer despejos de lixo nas matas.
Vamos todos colaborar!